
Luciano Antonio Carvalho
Cantigas da Ingênua Ternura

Quero muito convidar você a me acompanhar no processo de criação do álbum "Cantigas da Ingênua Ternura".Serão sete músicas, cada uma delas feita para um poema de Dona Ruth Guimarães.
A incumbência me foi dada por ela mesma, a autora dos poemas, e isso para mim foi uma ato completo de reconhecimento pelo meu trabalho e de incentivo, sem contar o voto de confiança.
Nesta página você pode ouvir as músicas que já estão compostas e saber um pouco mais sobre o projeto.
Vou contar a história deste caso, ou o causo desta história.

Conheci Dona Ruth Guimarães por intermédio de sua filha caçula, minha grande amiga Júnia Botelho. Foi em uma das ocasiões em que a grande escritora veio de Cachoeira Paulista para São Paulo, hospedando-se na casa da filha por uns dias.
Júnia queria mesmo que eu conhecesse a Dona Ruth. Espero que ela saiba o quanto sou grato por isso. Na ocasião, ao entrar em seu apartamento, já lá estava aquela mulher cuja aura, imensa, causava alguma vertigem no primeiro contato. Sabe quando olhamos para alguém e vemos um universo? É como ser surpreendido por uma paisagem absurdamente grande, como o mar ao longe, ou a vista do alto de uma montanha. Pois é.
Mas uma vez que iniciamos a conversa, não pudemos parar mais. Que conversa! Dona Ruth não esnobava, mas puxava da gente o máximo que podíamos dar. E durante a conversa, que foi sobre arte, sobre filosofia e outras dessas coisas grandes para o universitário que eu era, os assuntos andaram mas, por fim, nos levou ao ponto principal: o que nós mesmos fazíamos.
Aconteceu que eu tinha acabado de receber um CD com o registro de um concerto da Martha Herr, o grande soprano, acompanhada pela pianista Scheilla Glaser, e uma das músicas era de minha autoria, uma canção que fiz sobre o poema Estrela, de Manuel Bandeira. Como eu simplesmente amava "musicar" poemas, e havia feito isso com vário poemas de poetas consagrados da nossa literatura, saquei o CD da mochila e fizemos a audição da minha música.
Que posso dizer? Dona Ruth Guimarães, uma escritora, pesquisadora e professora de tão grande importância, um ser humano incrível, estava ali, na minha frente, emocionada com o que ouvia. Depois da música, ela me falou do Manuel Bandeira, que ela conhecera, e de Mário de Andrade, seu professor, e enquanto ela falava e contava, eu me sentia grato ao Universo por fazer parte disso tudo, de alguma forma.
Ruth Guimarães afirmou, tive dificuldade de acreditar que tinha escutado, que gostaria que eu musicasse poemas que ela compôs mas que não foram publicados. Ao final do encontro, eu estava anestesiado.
Passado algum tempo, eis que a Júnia me encontrou, trazendo um envelope contendo sete poemas: as Cantigas da Ingênua Ternura. Alguns eram cópias xerox, outros eram os "originais", à máquina. Há neles até correções feitas à mão, com caneta.
E havia também um bilhete, para ela:

Convido você a ouvir as músicas que já foram escritas até agora. Em breve, lançarei o álbum completo, com gravações novas. Estas gravações que estão aqui são registros ainda do processo de criação, estudos. Ficarei honrado se me acompanharem até o final, passo a passo, enquanto componho as músicas que faltam - vou colocando todas aqui, na medida em que for possível - e durante a preparação das gravações definitivas do álbum.
Você gostaria de apoiar e ajudar no processo de produção do álbum "Cantigas da Ingênua Ternura"? Sinto que é um projeto delicado, e toda ajuda seria bem vinda.
Há várias maneiras de ajudar sem ser com dinheiro: sempre é bom se você compartilhar, simplesmente. Além desta mesma página, tem os links diretamente do YouTube, e os outros conteúdos do site, em que tenho alguns serviços, como as aulas e cursos, que podem interessar às pessoas.
Você também pode, se quiser, comprar as músicas que estão a venda. Algumas das minhas músicas já estão nas plataformas digitais, e você pode ouvi-las nelas.